Nos primeiros capítulos da novela Terra e Paixão, a presença de Luigi, interpretado por Rainer Cadete, foi o suficiente para conquistar o público falso italiano, que estava presente na trama para dar um golpe em Petra e na família La Selva. O charme e carisma do personagem conquistaram os telespectadores, transformando Luigi em um “bom bandido”.
O protagonismo de Luigi foi crescendo aos poucos, até se tornar praticamente um dos protagonistas. Essa ascensão na trama, porém, gerou uma certa ciumeira nos bastidores entre o elenco. Walcyr Carrasco, o autor da novela, percebeu o sucesso que o personagem estava alcançando e decidiu aumentar seu espaço na história.
No entanto, ao exagerar na dose, o autor acabou por desgastar o personagem. O enfoque excessivo em Luigi afetou a dinâmica da trama e tirou o equilíbrio de outros personagens, diminuindo a sua importância na história. O público começou a sentir falta de um desenvolvimento mais aprofundado de outros enredos e personagens, que ficaram em segundo plano em relação ao carismático Luigi.
O sucesso repentino e o protagonismo excessivo fizeram com que o público se cansasse de Luigi, tornando-o previsível e menos interessante ao longo da trama. A falta de reviravoltas e de novos elementos em sua história deixou os telespectadores com a sensação de que aquele personagem já tinha cumprido seu papel na trama e que era hora de explorar outras tramas e personagens em destaque.
Apesar do desgaste, Rainer Cadete e sua interpretação brilhante conseguiram manter o público cativado. A queda de Luigi nas graças do público, no entanto, mostrou a importância do equilíbrio na construção dos personagens e enredos de uma novela.