confira o que pode mexer com o mercado na próxima semana


O mercado de soja deve continuar agitado na semana que vem. O clima sobre o cinturão produtor norte-americano continua sendo o principal fator para a formação de preços em Chicago. Os players começam a se posicionar frente ao relatório do USDA de agosto, que será divulgado na próxima quinta-feira, 12.

Quem destaca os principais pontos que devem receber a atenção do mercado de soja na semana que vem é o analista Luiz Fernando Gutierrez Roque, da Safras & Mercado.

  • Os players do mercado de soja permanecem com as atenções centralizadas no clima para o desenvolvimento da nova safra norte-americana. Paralelamente, os movimentos da demanda chinesa também chamam a atenção. Os players também começam a se posicionar frente ao relatório do USDA de agosto, que será divulgado no próximo dia 12. O avanço da variante delta ao redor do mundo, que deixa o mercado financeiro mais agitado, fecha o quadro de fatores;
  • O clima sobre o cinturão produtor norte-americano continua sendo o principal fator fundamental para o mercado em Chicago. As indefinições com relação ao verdadeiro potencial produtivo da nova safra permanecem;
  • Após uma semana de clima um pouco menos desfavorável em alguns estados, que resultou em uma melhora inesperada nas condições das lavouras, os mapas climáticos voltam a indicar um clima pouco úmido e com temperaturas mais elevadas em parte do cinturão produtor na próxima semana. Tal fato deve continuar trazendo suporte para os contratos em Chicago;
  • Apesar da melhora nas condições das lavouras norte-americanas registrado na última semana, os índices continuam bastante inferiores aos registrados nesta mesma época do ano anterior. Com apenas 60% das lavouras em boas ou excelentes condições, o mercado já avalia a possibilidade de o USDA reduzir suas estimativas para a produtividade média e a produção da nova safra em seu relatório de agosto. Em se confirmando tal possibilidade, Chicago pode voltar a ganhar fôlego diante de uma produção americana menor e possíveis estoques
    mais apertados;
  • No lado da demanda, novas vendas de soja norte-americana para a China foram anunciadas nesta última semana, o que também é um fator positivo para Chicago. À medida que nos aproximamos da colheita da nova safra, mais vendas devem ser anunciadas;
  • O avanço da variante delta do coronavírus ao redor do mundo traz preocupações para o mercado financeiro, que começa a ficar mais nervoso. Cresce a possibilidade de novos “lockdowns” em alguns países, incluindo a China. Tal possibilidade traz uma pressão negativa pelo lado financeiro, com investidores diminuindo seu apetite por risco e migrando para ativos mais seguros, o que pode também impactar Chicago. Apesar disso, entendemos que esta pressão deve ser bastante limitada neste momento;
  • Frente a todos estes fatores, a balança em Chicago ainda pesa mais para o lado positivo (valorização) do que para o lado negativo, principalmente devido às questões envolvendo a nova safra norte-americana.

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